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domingo, 10 de junho de 2012

O melhor do cinema

Nos meus últimos posts fiz as listas das minhas bandas e livros favoritos. Está faltando a mais importante: A dos meus filmes preferidos. Por mais que eu prefira os livros, o cinema me atraia e muito. Deixo aqui dicas de filmes que se você ainda não assistiu, PRECISA assistir.


 1) Little Miss Sunshine


Direção: Jonathan Dayton/Valarie Faris
País: Estados Unidos
Ano: 2006
Gênero: Comédia/Drama (101 min)

Merecedor do primeiro lugar não só na minha lista, mas em qualquer outra. Já assisti inúmeras vezes, mas mesmo assim, sempre que assisto de novo, a emoção é a mesma da primeira vez. 

"Little Miss Sunshine conta a história de uma família conturbada. O pai é um fracassado, o filho mais velho é problemático e decide fazer um voto de silêncio, o avô é dependente químico e pervertido e é expulso da casa de repouso por causa disso e o tio é suícida. No meio de tantos problemas, está a filha mais nova: Oliver (Abigail Breslin). Uma garotinha totalmente fora dos padrões, meio desengonçada, mas LINDA. 
Ela é convidada para participar do concurso de beleza infantil ( muito comuns nos E.UA) o "Little Miss Sunshine." A partir daí, sua família decide deixar a individualidade e todos os outros problemas de lado e parte junto com ela, para uma viagem que dura três dias, até o local do concurso. Nesse meio tempo, alguns imprevistos acontecem e os laços famíliares antes tão distantes, são fortalecidos."

 O que me fez ficar  completamente apaixonada pelo filme, é a personagem principal. 
 Ela é completamente doce e sensível. O biotipo dela não se encaixa aos padrões dos concursos de  beleza e esse é um dos motivos que a tornam ainda mais apaixonante. Ela quebra os padrões pré estabelecidos  e dá um show com uma aprentação cheia de humor e "sensualidade." Fora que fica clara a inocência dela numa das cenas mais engraçadas do filme.

Vejo esse filme também como uma crítica aos concursos de beleza infantis. Lá as mães levam isso realmente a sério e submetem suas filhas a situações incomodas, só para que elas supram as frustrações de suas mães. 

Se você ainda não viu, POR FAVOR, veja! 

TRAILLER:


 


2) Lilja 4-Ever (Para Sempre Lilya)

Direção: Lukas Moodysson 
País: Suécia
Ano: 2002
Gênero: Drama  (109 min)
As Monstras Internacionais de Cinema da TV Cultura sempre salvam as noites em que decido ficar em casa. E uma das melhores surpresas que tive numa dessas noites foi: Lijla 4-Ever. O filme ganhador de vários prêmios é muito forte e eu não o recomendo se você for sensível demais, pois o filme aborda assuntos pesados, como o tráfico internacional de mulheres.

"A história se passa num vilarejo pobre da antiga União Soviética e tem como protagonista uma menina de 16 nanos chamada Lilya (Oksana Akinshina). Ela é abandonada pela mãe que vai embora com o novo marido para os E.U.A. Se vendo sozinha e sem perspectiva, ela se desespera. Seu único amigo é um garoto de 11 anos chamado Valodya (Ardyom Boguchorsky) que fica ao seu lado o tempo todo. Para sobreviver Lilya tenta as coisas mais insalúbres, sem sucesso. Em dado momento ela conhece um rapaz chamado Andrei que a enche de promessas de uma vida nova na Suécia. Valodya desconfiado do rapraz, tenta impedi-la de ir embora, mas ela, apaixonada, não dá ouvidos à ele. É aí que o bicho pega. O sofrimento de Lylia é marcado pela exploração sexual e pela violência."

Você deve estar se perguntando: "Que menina louca, olha qual é um dos filmes preferidos dela...": Pois é, mas eu explico: Uma das coisas que me fizeram gostar tanto de  "Lilja 4-Ever" é a amizade entre ela e Valodya e a inocência dos dois em alguns trechos. 

Então, por favor: Baixem, aluguem, comprem. 

Ah! A trilha sonora tem como tema: "My heart is burning", do Rammestein, o que dá um ar ainda mais pesado e trágico à ele. 

TRAILER:



 3) O Labirinto do Fauno 

Direção: Guillermo Del Toro
País: Espanha
Ano: 2006
Gênero: Drama/Fantasia (112 min)

In-crí-vel, im-pe-cá-vel, sur-re-al e o melhor do gênero, na minha humilde opinião. 
Se você ainda não assistiu ao "Labirinto do Fauno", corra! Pois você está perdendo a oportunidade de assistir a uma grande produção. 

"O filme é uma mistura entre a fantasia de um conto de fadas (esqueça as histórias sem sal da Disney), completamente fascinante e a realidade desumana de uma Ditadura, no caso, a espanhola (liderada pelo General Franco). A história gira em torno de uma menina de dez anos chamada Ofélia (Ivana Baquero) que é completamente apaixonada por contos de fadas e fábulas. Ela e sua mãe se mudam para o campo para se encontrarem com seu padrasto Vidal (Sérgi López). Comandante das forças fascistas no General Franco, Vidal é um homem inescrupuloso e completamente sádico. Em uma de suas andanças, Ofélia encontra um labirinto que a leva a uma trilha subterrânea. Com a curiosidade infantil predominando, ela segue até o fim e encontra um Fauno (uma criatura que é metade humana, metade bode) e ele a convence de que ela é a princesa perdida daquele reino subterrâneo e que precisa cumprir três tarefas para que consiga retornar para o seu reino. A partir daí se vê o contraste: Enquanto a menina embarca num mundo de fantasia, seu padrasto não mede esforços para acabar com seus opositores."

Além do enredo incrível, o que mais me chama a atenção nesse filme, são as cores: extremamente carregadas. E é claro, o gritante contraste entre os mundos de Ofélia e Vidal.

Enfim, deixo aqui a dica de um dos filmes que mais me fascinou:

TRAILER:

 

4) Em Nome de Deus 


Direção: Peter Mullan
País: Irlanda
Ano: 2002
Gênero: Drama (119 min)

Um soco no estômago da Igreja Católica. Esse eu também assisti numa das Mostras Internacionais de Cinema da TV Cultura e fiquei chocada. Religião é um assunto delicado e que eu particularmente, odeio discutir. Respeito, porém, não concordo com algumas delas. Principalmente a católica. Dizem que os tempos mudaram, mas eu acho que em alguns aspectos, não. Alguns conceitos continuam os mesmos e, são esses, que me fazem querer vomitar. Bom, vamos a sinopse, por que já estou perdendo o foco:

"Nos anos 60 existiam na Irlanda lares denominados: "Lares Madalena" ou "Asilos Madalena" que eram mantidos pelas Irmãs de Misericórdia, da Igreja Católica. Meninas que não seguiam os padrões pré estabelecidos pela Igreja ou pela sociedade, eram mandadas para esses lugares para "pagarem seus pecados" e, uma vez lá, nunca mais saiam. Os perfis das "pecadoras" era variado: Mães solteiras, meninas que eram bonitas ou feias demais, vítimas de estupro ou as que tinham algum problema mental. 
Dentro desses lugares, as jovens eram submetidas a trabalho escravo, eram má alimentadas, humilhadas e quase sempre, vítimas dos padres, que as estupravam (há uma cena no filme em  que uma delas, depois de ser estuprada, é obrigada a lavar o lençol sujo de sangue). Muitas enlouqueceram e morreram lá dentro. O último Asilo Madalena foi fechado em 1996."

O filme é contado pelo ponto de vista dessas jovens, que numa época em que estava havendo uma verdadeira revolução pelos direitos femininos, se viam enclausuradas num lugar que beirava a era Medieval. Mostra também como é o desenvolvimento de suas personalidades lá dentro. 

É triste e revoltante, mas abre os olhos de quem acredita cegamente no Catolicismo.

TRAILER:

5) Nascidos em Bordéis


Direção: Zana Briski e Ross Kauffman
País: Indía
Ano: 2004
Gênero: Documentário (85 min)

De todos os documentários que eu já assisti, esse foi o que mais me sensibilizou. Não (só) no sentido de pena (já que a pobreza na India é predominante), mas em como a esperança que essas crianças carregam é nítida e real. Filhas de prostitutas e quase sempre sem uma figura paterna, elas crescem largadas pelos guetos da zona vermelha, em Calcutá. Mas quando Zana e Ross fazem amizade com elas e através de workshops de fotografia e saídas fotográficas apresentam -lhes um mundo novo, a esperança renasce.. "Armadas" com as câmeras, elas clicavam tudo o que chamava a atenção e o resultado dessa experiência é incrível e enriquecedora! 

"Quando eu estou com uma câmera nas minhas mãos eu me sinto feliz. Eu sinto que estou aprendendo algo... Que eu posso ser alguém".  (Suchitra, uma das crianças protagonistas de Nascidos em Bórdeis).

TRAILER:



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