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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

A vida que se esquece pelo caminho.

Quando se é criança, o mundo parece um grande parque de diversões... Não existem problemas, nem cobranças e as únicas obrigações são: comer toda a comida e ir bem na escola. 
Aí você cresce e percebe que o buraco é muito mais embaixo.
O mais frustrante em ser adulto não são as contas, o trabalho ou a falta de dinheiro constante, é o fato de tudo que seja fora dos padrões ser considerado "infantil" ou idiota demais. 
Qual é o maldito problema em rir até chorar, falar coisas idiotas, apostar corrida do nada, sentar no chão, comer com as mãos e fazer caretas? Isso te torna menos competente? Não. Mas para algumas pessoas com a cabeça pequenininha e sem imaginação, sim. Mas por que?
Nós não levaremos dessa vida maluca o carro, a casa, o dinheiro da poupança, as jóias, nem qualquer outra coisa do tipo, isso é óbvio, mas existem pessoas que ainda não aprenderam essa pequena regrinha básica e que só irão aprender, quando estiverem morrendo. 
Cada um leva a vida que achar melhor, mas o problema é que quando não se está satisfeito com a própria vida, o "hobby" é botar defeito e chochar a vida alheia. E eu sofro esse tipo de perseguição. 
A vida que eu escolhi não têm uma rotina massante, é leve, (quase) sem nenhuma frustração, por que eu consigo ver graça nas minhas desgraças  e o mais importante: eu não me baseio na vida de ninguém, simples assim. Vivo a única vida que eu tenho a MI-NHA e isso causa um alvoroço na vida de alguns, que chega a ser constrangedor (para eles, claro).

O ser humano me irrita.

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terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Se (des)encantando em 3,2,1...

Outro dia li numa revista uma reportagem sobre namoradas "mães", ou seja, meninas que tratavam seus namorados como se eles fossem seus filhos, com direito a imposições de regras severas e tudo. Li o título e o subtítulo pela segunda vez para ter certeza se era aquilo mesmo e, para o meu desgosto, era.
Parei e pensei: E eu achava que a minha cota de bizarrices para se ver nessa vida tinham acabado... 
Fiquei matutando sobre o assunto por um tempo e tentei achar uma explicação convincente para tamanho disparate... Se eu achei? É claro que não.
Quando eu digo que não sou uma mulher convencional, os outros duvidam, mas é a pura verdade. Onde já se viu impor regras do tipo: não vai usar essa camiseta por que eu não quero, não quero que você saia com esse tênis, volta e poe o outro que eu gosto mais, o que? com essa calça você não sai daqui nem a pau. Poe essa aqui que eu acho mais bonita.Onde já se viu? Problema é seu se você não gosta, a pessoa que você diz que ama gosta e ponto! 
Isso também vale para os homens, mas concordo em gênero, número e grau que as mulheres são muito mais insuportáveis em relação a isso. Quando se invade o espaço do outro desse jeito, é por que o respeito já acabou a muito tempo.

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O que torna um relacionamento divertido e proveitoso é o espaço que ambos devem ter. Ou você aí que está namorando agora acha que seu namorado(a) não tinha uma vida antes de te conhecer? Ter um tempo para sí, para os amigos (lê-se: seus amigos, não amigos dele(a)) é de extrema importância para que um relacionamento dure e isso é tão óbvio quanto dois e dois são quatro! Preocupação e uma coisa, sentimento de posse é outra muito diferente... Esse tipo de sentimento só serve para que outros tão ruins quanto, apareçam. Por isso, se você aí gosta de dar pitaco na vida do seu benzinho, cuidado! Por que isso pode ser  uma "faca de dois gumes" e muito afiada por sinal...


















sábado, 11 de fevereiro de 2012

Entre família.

"Pena que família não se escolhe" 
"A convivência em família é tão difícil..."
"Às vezes eu queria ir para bem longe da minha família, não aguento mais!"

Quem nunca se pegou dizendo frases similares a essas? Eu mesma já as repeti inúmeras vezes. 
Pais e irmãos realmente são muito irritantes às vezes, é um tal de: onde você vai? com quem? quando? deixou seu celular carregado? faz tal coisa, não faz isso... Ah! É enlouquecedor mesmo. Dá vontade de sumir, ir para bem longe e viver só e em paz.
Mas quando alguém da sua família fica doente e você vê aquela pessoa tão forte, talentosa e que sempre te incentivou a ir atrás das suas metas, encima de uma cama e completamente fragilizada, todas as magoas e briguinhas a toa que poderiam ter sido evitadas, passam a não fazer mais sentido algum. 
Eu nunca tive uma relação fácil com a minha família, todos nós temos gênios fortes e somos teimosos, por isso as discussões são constantes. Porém, o orgulho que eu sinto de cada um deles é inegável. 
Minha mãe saiu de uma cidadezinha no interior do Pará aos quinze anos de idade, por que era determinada demais, para se contentar com tão pouco. Enfrentou todos os tipos de dificuldades que vocês possam imaginar, mas persistiu e chegou a onde está. Com muito esforço, talento e dedicação. 
Ela e minhas irmãs criaram a À Dor Amores, que não é uma simples marca de lingeries e sim uma possibilidade de transformar auto-estimas. Quantas vezes, por exemplo, eu não vi meninas gordinhas entrando na loja, envergonhadas e dizendo: "Eu só tô dando uma olhadinha, sei que não tem nada que caiba em mim, aqui" e saindo de lá felizes e realizadas com uma lingerie nas mãos! Por que o objetivo da marca não é apenas vender e sim mostrar para as clientes que todas elas são bonitas e gostosas, cada uma de sua forma. 
Meu pai saiu da Argentina e veio se aventurar por terras tupiniquins, se apaixonou e ficou. 
É um homem com uma inteligência impressionante, com um humor negro afiadíssimo e é um cronista de mão cheia. Foi com ele que minhas irmãs e eu aprendemos a amar tudo que esteja relacionado ao conhecimento.

Enfim... 

Nunca nenhuma família será perfeita, sempre existirão contratempos, mas o importante é saber reconhecer o valor e respeitar o espaço de cada um. 


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Sem fronteiras


Eu sempre fui muito intensa, mas até hoje vivo num impasse, me perguntando se isso é bom ou ruim. 
Na verdade, as pessoas não entendem essa minha intensidade toda, não que isso me importe, mas é que eu assusto a maioria delas desse jeito. Mas pensando bem, não é isso que me diferencia dos demais? Por que eu teria que seguir um padrão? Não quero, nunca quis. Gosto assim.  

Não vim para esse mundo para viver uma vida morna, com uma rotina massante (daquelas que fazem qualquer um perder o tesão pela vida) e tendo que dizer "amém" para tudo e/ou para todos.

Não almejo uma vida luxuosa, cheia de coisas supérfluas e descartáveis, isso me soa tão vazio... A única coisa que eu realmente desejo é poder viajar, viajar o máximo que eu conseguir! Nunca me senti sendo de um lugar só, não tenho pátria, sou cidadão do mundo. E além disso, tenho uma sede insaciável de conhecimento, uma curiosidade muito grande sobre o desconhecido e um espírito aventureiro que nunca me deixa esquecer do por que estou aqui.






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